Com apenas seis anos de idade, eu já tinha algumas tarefas a cumprir em casa. As noites de inverno de Curitiba eram geladas e longas. Eu dormia em uma esteira de palha no chão, minha coberta era apenas um cobertor muito fino. Nossa casa era de Madeira com muitas frestas, ainda bem que tínhamos um fogão de lenha que ajudava um pouco esquentar o ambiente.
Quase sempre, eu estava resfriada, com febre e muita dor de cabeça. Minha primeira tarefa era bem de manhã, ir no açougue antes de ir para a escola. Meu agasalho era apenas um casaquinho de flanela ou pelúcia, meias curtas de algodão e um par de tamanquinho. Depois da chuva e das geadas a terra se transformava em lama gelada, e os meus pés escorregavam do tamanco para a lama gelada, parecia que eu andava em sorvete.
Era tanto frio que sem perceber eu gemia de dor. Quando agente esta com frio dói a cabeça, os ossos, o nariz é a dor do frio! doe tudo.
Certa vez me encontrei com uma moça, e ela me perguntou:- Menina qual a razão desse gemido? O que voce esta sentindo? respondi tremendo:- Frio! Muito frio!...
Naquela época eu era uma pequena menina não entendia nada das coisas de Deus,hoje eu glorifico ao Senhor pela chuva pela geada porque tudo vem das mãos do Criador de todas as coisas.
Salmos 147: 15 á 18. Ele envia sua ordem á terra e a sua palavra é veloz. Faz cair a neve como a lã, e espalha a geada como cinza, faz cair o gelo como pedra. Quem pode suportar o frio? Ele envia a sua palavra, do gelo derrete; e via o seu sopro, e ás águas tornam a correr.
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