quinta-feira, 21 de novembro de 2013

MEU CASAMENTO EM SÃO PAULO

                         17 DE MARÇO DE 1956  MEU CASAMENTO EM SÃO PAULO

                          Eu estava com apenas sete meses de conversão, quando me casei com o pastor Júlio Roza. Casamos no civil pela manhã. Á tarde, foi na igreja sede, o Rev. Harold Willians oficiou a cerimônia. Ele era o presidente nacional da I.E.Q. no Brasil, e pastor titular na sede em São Paulo.

                           Foi um casamento simples, sem festa, ninguém da minha familia pôde vir, mas a familia do pastor Júlio, seus pais, Seus irmãos Odete e esposo, pastor Pedro e sua esposa e como não poderia faltar lá estavam seus dois filhos, Sueli e Tércio, tão pequenos ainda!.

                            NA POSTAGEM  INTITULADA " O casamento na Tenda" Eu fiz um comentário sobre o Casamento da Odete irmã do pastor. Eu estava no meio do povo naquele dia, e admirei e achei muito lindo o vestido da noiva e pensei:- Se um dia eu casar eu gostaria de um vestido igual a esse , ninguém me conhecia. Pois acreditem foi com aquele vestido, que eu me casei, o qual ela me emprestou. Era exatamente o meu manequim!

                              Não houve dia da noiva, nem salão de beleza simplesmente me arrumei sozinha.O pastor ofereceu um modesto bufê de salgados e doces para os padrinhos e familiares. Esta é a história do meu casamento, muito abençoado por Deus.

                               Á você  quer saber da " Lua de mel?" Naquela mesma noite, logo após o casamento, viajamos de ônibus para Rio de Janeiro, pela primeira vez juntos. Fomos hospedados no PALACETE HOTEL, cuja diária era muito alta, por isso só pudemos ficar uma noite. Se ficássemos mais, com certeza teríamos que pagar a conta lavanda louça do hotel. Mas meu marido, queria me oferecer o melhor, pelo menos por uma noite! E assim o fez com muito amor! Fiquei muito feliz!
                 

   NOSSOS PADRINHOS AO MEU LADO Rev. Jacób Miscolty e esposa. No lado do Pastor 
   Rev. Carlos Borsoi e esposa . no centro Rev. Harold Willians e espora Mary Willians .
    Igreja sede em São Paulo 17 de Março de 1956.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

EM FEVEREIRO DE 1956 "MINHA PRIMEIRA VIAGEM"

                  Depois de muita oração não houve outro geito, viajei para São Paulo. Com um nó na garganta, eu sentia as lágrimas escorrendo pelo meu rosto, pois estava ainda muito assustada! com 21 anos, eu era uma jovem que nunca saíra de sua cidade, nem do seu bairro, e nunca afastara de sua família .Agora, lá estava eu dentro de um avião, com apenas uma mala, rumo ao desconhecido, para São Paulo! Confiando sómente no Senhor. Ainda bem, que o irmão do Pastor Júlio, o Pastor Pedro Rosa, me acompanhava!

                   Tudo era muito estranho para mim! Só me concentrava em Jesus, com muito medo, eu olhava aquele avião era um avião pequeno  com medo que caísse ! - Eu pensava na minha família  quando me despedi em Curitiba, meu pai, minhas tias meus irmãos, ficaram sem nenhuma ação, sem saber o que fazer, porque esta era a vontade de Deus. Parecia que eu estava anestesiada! Não podia intender muitas coisas, mas eu tinha certeza; eu estava segura nas mãos de Deus, e que Ele tinha um propósito, em tudo isso comigo!- Eu confiava nesse Deus maravilhoso! Minha família aceitara tudo, mas Claro, com muita tristeza. 

                      Eu me sentia como Abraão, quando deixou os seus parentes, e foi para uma terra desconhecida, muito longe da sua terra natal! Só por Jesus  mesmo. Minha familia não tinha dinheiro nem para minha passagem. O pastor Júlio mandou o dinheiro, e me orientou por carta como fazer e recomendou seu irmão para me acompanhar.QUE ALIVIO! Chegamos em São Paulo.

                       Cheguei um pouco atordoada por causa dos solavancos da viagem! Mas lá estava o meu noivo a minha espera no aeroporto! Naquela época uma moça de familia não era bem vista  sair de casa antes de casar. Muitas pessoas até alguns familiares se escandalizaram e surgiram boatos de que uma bailarina virara a cabeça do pastor. Não foi fácil enfrentar estas coisas maléficas. Existem coisas que só Deus e nós entendemos. Quando eu não era convertida se eu quisesse podia até seguir pelo mau caminho! Tive muitas oportunidades bem atraentes! Vi muitas coisas contudo, aprendi a separar as coisas certas das erradas.
                         Quando viajei para São Paulo foi a fim de me casar, e fiquei hospedada um mês na Casa do Rev Geraldino dos Santos e sua esposa Dona Edite. Mesmo longe dos meus familiares para me vigiar e cuidar ! Eu sabia que Deus me ouvia  e via tudo o que eu fazia de certo ou errado.
                          Mesmo eu estando em São Paulo eu estava só! Porque o pastor Júlio ja estava ajudando na Abertura do Rio de Janeiro . Nossa comunicação era por cartas. 
                         PRÓXIMA POSTAGEM  "  Convido todos para meu  casamento"






sexta-feira, 8 de novembro de 2013

21 de janeiro de 1956 " GRANDE SUSTO"

                 Era 21 de Janeiro de 1956, recebi uma carta que muito me assustou. Ele dizia:- Que não poderia esperar mais, e que seria melhor casarmos em São Paulo. Levei um choque, porque nunca havia saído de casa, nunca havia viajado! Ele explicava os motivos, era impossível deixar a obra, e ele estava precisando da minha ajuda, estava dormindo na própria tenda. Ele juntava dois bancos, e colocava um "colchonete"  para dormir.Ele mesmo estava lavando suas roupas.

                   Esta noticia causou uma verdadeira revolução em minha casa! Meu pai não era convertido, e claro não deixaria sua filha sair de casa, praticamente, com um homem estranho, embora fosse um missionário . Minhas tias e meus irmãos, já haviam aceitado Jesus, mas mesmo assim, era difícil eles entenderem.

                     Eu era quem cuidava da casa, dos meus irmãos, mesmo do meu pai, e da tia Dorva, que não podia andar por causa da paralisia. Eu tomava todas as decisões da casa, embora meus irmãos tivessem 17 anos e o outro 18. Foi muito difícil . Eu já estava quase desistindo. Tomei uma decisão! Conversar com a mãe dele. Dona Emília Rosa. Fui até a casa dela ela ouviu  leitura da carta, e derrepente ela se arrumou depressa, e me acompanhou até  minha casa, no outro lado da cidade, o Bacachei, enquanto ela morava no bairro do Portão

                      Reuniu toda minha família, tipo uma mesa redonda, e explicou o plano de Deus para, aqueles que Ele escolhe! Mostrou que eu havia sido uma dessas pessoas escolhidas! e que não nos assustássemos , nem minha família e nem eu. Tudo isso, era Jesus que estava preparando, e quando 
ele chama e nos escolhe, devemos obedecer, mesmo que pareça loucura.

                      Disse que eu não deveria temer, porque o pastor Júlio era dirigido pelo Espirito de Deus
e que nada de mal me aconteceria. e nem á minha familia porque Deus tem prazer em cuidar  de seus filhos, que o obedecem. inclusive, o pastor Júlio havia conversado com o pastor Geraldino dos Santos e sua esposa Edite, esse pastor era membro do Conselho Nascional de nossa igreja. Eu ficaria na casa deles até o nosso casamento.
                        Que prova difícil! Não foi facil , precisei de muita oração, discernimento  e direção do Senhor.  
                         Creio que minhas tias ja estavam arrependidas de me levarem  um dia na Tenda.









                            
    







                       
























sexta-feira, 1 de novembro de 2013

O DIA DO SIM! DIA 29 de NOVEMBRO DE 1955

                      O que aconteceu? a primeira coisa que fizemos naquele dia, foi tirar uma foto. Ele queria uma foto minha, e eu também queria uma foto dele. Ele me presenteou com uma linda pasta, para carregar o material do programa VISITA AO SEU LAR! Na pasta colocou uma placa de platina com o meu.  nome gravado, e a data do sim! 29/11/1955.  Tenho essa placa guardada até hoje. 

                        Depois levou-me até a sua casa, para eu conhecer seus pais e seus dois filhinhos.
Eu estava bem assustada com medo que seus pais não fosse com a minha cara, e as crianças será que iriam me aceitar? eu estava apavorada! Mas graças a Deus fui bem recebida, a Sueli tinha três anos ja veio no meu colo sorrindo, me chamando de mamãe.

                         Tudo ia acontecendo depressa, depois do dia 4 de Dezembro na outra semana ele viajou para S. Paulo. Não havia tempo para namoro! Isso aconteceu somente através de cartas.Lindas cartas . Ele me escrevia contando tudo que estava acontecendo, as Maravilhas que Deus estava operando em São Paulo! Também me aconselhava como proceder de agora em diante! Dizia que o meu testemunho de vida cristã diante das pessoas, fosse uma bençào! E que eu me preparasse para ser sua esposa, orasse muito, lesse a Bíblia, participasse dos cultos e da Escola Bíblica, pois eu seria uma missionária junto com ele. Enfim, eu entendia que ele iria precisar muito de mim!

                        Insistia sempre dizendo:- " Cuide da sua fé, do seu testemunho pessoal, e não queira mal quem a ofenda, trate bem a todos, mesmo que sejam inimigos, sem contudo, misturar-se com os tais. Eu recebia dele, pelo menos duas ou três cartas na semana. assim ele me pastoreava e me ajudava espiritualmente. me animava a continuar firme nesta caminhada de fé. Eram cartas de incentivo  me dando força espiritual, orientação. e ao mesmo tempo, cartas cheias de amor, muito carinho e respeito.
                          E eu ficava encantada com suas cartas, que guardo com carinho, algumas delas! Era muito difícil para ele, estar indo e voltando de São Paulo para Curitiba. O primeiro problema, era a falta de dinheiro. As viagens de ônibus naqueles dias eram longas e cansativas, não havia estradas asfaltadas, era muita poeira cerca de 14 horas de viagem  isso quando o ônibus  não quebrava.
                          Mais rápida seria de avião, mais era o custo seria muito mais alto. Contudo, ele  veio passar o Natal de 1955, com seus pais e com os filhos e agora "Logicamente " comigo. Apenas quatro dias e teve que voltar para S.P.  E eu ajudava na livraria da igreja, e continuávamos a nos comunicar através de cartas.
                                                   AAAAMMMMEEEEMMMM.